terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ADEUS ANO VELHO

                                           ADEUS ANO VELHO

    Ao término do ano 2013 eu estava otimista quanto ao ano novo de 2014, pois além da economia no ano que se findava ter sido péssima, fechamos com um PIB – Produto Interno Bruto de 2.3% , o  ano então vindouro de 2014 teoricamente não poderia ser pior,  pelo contrário deveria ser melhor pois imaginava-se algumas providências da área econômica do governo pois seria um ano de campanha eleitoral e a Presidente seria candidata à reeleição; nada mais que normal se algumas melhorias na vida dos brasileiros ocorressem, especialmente nas áreas da saúde, segurança, estabilidade econômica, juros em queda e providências enérgicas no âmbito do governo federal para estancar a corrupção que abalara a nação com o escândalo do Mensalão.

    Reforçava-se esse sentimento o fato de ser um ano de Copa do Mundo e, o mais importante, seria no Brasil; certamente o governo esperava que a Seleção Canarinho fosse campeã a que lhes renderiam muitos créditos e agradecimentos do povo em forma de votos ao governo no poder.

    Mas para o desespero da classe empresarial, tanto da indústria, do comércio e de serviços, não houve melhora alguma, ao contrário pois foi um ano muito pior que o anterior. Resultado disso é o PIB de 2014 que deverá fechar em torno de 0,2% e ainda de quebra fechar a balança comercial do ano com déficit, o que não ocorria há 14 anos, o déficit acumulado de janeiro a novembro já era de US$ 4,2 bilhões. Outro termômetro foi o resultado da indústria nacional que encolheu 2,5%. Quanto a inflação e os juros melhor considerar as apontadas pelos bolsos dos consumidores, tudo subiu assustadoramente e os volumes de compras nos carrinhos dos supermercados reduziram e o  preços subiram assustadoramente ;   quanto aos juros do cheque especial, dos cartões de crédito e do crédito pessoal subiram a níveis que há muito não se viam.

  Quanto a Copa do Mundo foi um ano paradisíaco às construtoras e aos controladores das verbas. Gastaram-se o previsto e verbas extras intermináveis. Foram construídos e ou reformados verdadeiros elefantes brancos a um custo faraônico que jamais serão reutilizados em sua potencialidade, o que provocou críticas dos brasileiros de norte a sul do país. Ainda para complementar o Brasil não saiu campeão e sim humilhado após a derrota de 7 x 1 para Alemanha e de 3 x 1 da Holanda, não ficando nem em terceiro lugar. A economia então já capenga, piorou em muito com o evento, pois foram dias mais dias de negócios parados e o consequente efeito cascata em toda economia.

  Depois da Copa do Mundo chegou a campanha eleitoral para Presidência, Governadores, Assembleias Legislativas e Estaduais e Federal e para o Senado Federal. Ai travou toda a economia em nome da campanha; medidas corretivas foram proteladas, aumentos de preços de energia e combustíveis foram represados, ficando tudo para após as eleições, como se numa economia de mercado as ações de governo pudessem interagirem quando bem entendessem.

    Quando a nação brasileira imaginava e se escandalizava com o mensalão, em 2013, como se fosse o maior escândalo de corrupção que o Brasil já vira, em 2014 surgiu o escândalo da Petrobras, o Petrolão. A PF – Polícia Federal mais uma vez presente desencadeia a Operação Lava-Jato que estremece os alicerces de sustentação da democracia brasileira. Segundo a imprensa nacional e internacional trata-se não só do maior escândalo de corrupção do Brasil e sim do maior do mundo contemporâneo.


     O Ano Velho se foi há algumas horas, já estamos no Ano Novo, que a exemplo dos réveillons anteriores os brasileiros comemoraram a sua chegada. Quiçá possamos daqui a um ano fazermos um balanço positivo do ano que se inicia. 

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