quarta-feira, 29 de abril de 2015

OS BRASILEIROS PRECISAM DE UMA TERAPIA EM GRUPO

              Os brasileiros precisam de uma terapia em grupo

Estamos passando por dias tortuosos, especialmente nos recantos brasileiros da política e em consequência da economia, pois esta é consequência da outra.

No rol de notícias cotidianas, sem exceção da mídia, invariavelmente as manchetes são sobre corrupção, sejam nos jornais desde os periódicos regionais aos de maiores tiragens, como nos noticiários jornalísticos das rádios e canais de televisões de altos IBOPE.

Os brasileiros nos últimos anos acordam e dormem ouvindo falar de corrupção, lêem sobre corrupção e vivem o seu cotidiano em função dela, tanto em seus domínios domésticos quanto nos seus meios profissionais. Se empregado for, o tema das comunicações das “panelinhas” é a eminência de perda de emprego, dos péssimos resultados da empresa e do seu mercado. Se for empresário, passa o dia em reuniões com seus pares acionistas ou cúpula diretiva, analisando os escândalos do dia e o que poderá influenciar no péssimo desempenho da sua empresa e na economia brasileira.
O escândalo, na verdade o mega-escândalo, do Petrolão, é o de maior repercussão nos últimos tempos; também pudera, conforme os analistas políticos nacionais e internacionais é o maior ocorrido no mundo contemporâneo. E, diariamente a Operação Lava Jato, traz novas ramificações do Petrolão com outros escândalos, alguns já conhecidos e outros até então não.

Os cidadãos dessa nação passam por uma lavagem cerebral  de como praticar a ladroagem, a imoralidade, e como ofuscar como  uma densa neblina, a ética e a brasilidade.

Chegamos à conclusão que o nosso país esta num emaranhado de uma teia, como as das aranhas, de corrupção por todos os nossos rincões, palácios de governo, autarquias, empresas estatais e, o pior de tudo, proliferando cada vez mais nos meios das relações privadas, pois a começar por síndicos de condomínios que superfaturam notas fiscais de materiais de limpeza até aos diretores de empresas que fecham grandes negócios se levarem alguma vantagem a si próprios. Uma grande ordem nacional: superfaturar tudo para pagar propinas aos contratantes e àqueles que possam influenciá-los.
Os malefícios à nação são de ordem geométrica, são tão danosos e com um poder de contaminação extraordinário, que se chega a um ponto de que ser honesto, neste país, é sinônimo de bobo e medroso.

Nós brasileiros precisamos de uma grande terapia em grupo – os terapeutas seriam a ética, o patriotismo e a brasilidade; precisamos de uma contra lavagem cerebral, o que não será fácil de fazê-la, pois quem tem o poder de mudar a cultura de um povo, além dele próprio, são os seus governantes, por intermédio da educação dos jovens, da união dos poderes constituídos e de um fato muito em voga ultimamente: a transparência. Mas como fazê-lo? - pois quem tem as canetas nas mãos são os maiores corruptos. Acham melhor continuar dando as bolsas sociais ao povo, a ensiná-lo a pescar...

Uma crônica de

Gilson Marcio Machado

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Crônica O Impasse Político - Estadão 27.03.15 - Opinião = Forum


O IMPASSE POLÍTICO
A nação brasileira passa por um momento de grande impasse político. O governo da situação, representado pelo PT com Dilma Rousseff na Presidência da República, está numa curva ascendente de rejeição como nunca dantes vista num início de mandato presidencial. Pesquisas divulgadas na segunda-feira, dia 23 de março de 2015, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) confirma pesquisa anterior da Datafolha que apontam a aceitação ao governo no fundo do poço e que a classificação de seu governo como ruim ou péssimo chega a 77,7% dos entrevistados. Outros dados importantes que foram levantados confirmam as manifestações de rua ocorridas dia 15 de março passado: que a maioria do povo, inclusive 44,8% de eleitores que votaram nela, quer seu impeachment, num total de 59,7% dos entrevistados; e 66,8% acham que ela tem culpa no esquema da Petrobrás. Estranhamente remando contra a maré, os partidos da oposição, especialmente o PSDB, não querem o impeachment da presidente. Será que preferem sua continuidade, para maior desgraça da economia brasileira, da fuga dos investidores, do desemprego, da volta da inflação e outras mazelas mais, com os olhos nas eleições de 2018? Quanto mais Dilma no poder, mais a desgraça do PT e do seu presidente honorário, o presidente paralelo do País, Luiz Inácio Lula da Silva, que fatalmente seria prejudicado em sua eventual candidatura presidencial. A situação é tão caótica a Dilma que hoje o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e também o do Senado, Renan Calheiros (PMDB), têm mais prestígio que a própria presidente. No que tange à governabilidade cada vez mais difícil, Lula tenta recuperá-la, suas interferências são cada vez mais presentes e suas ações chegam a beirar ao desespero. No campo econômico, Dilma é refém do seu próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy: ou faz o que ele quer ou se demite. Neste aspecto, menos mal à Nação, pior seria se a dependência presidencial fosse por interesses políticos, a exemplo de seu primeiro mandato. Nesse ínterim as redes sociais conclamam o povo a voltar às ruas no dia 12 de abril, e os internautas e alguns grupos de oposição ao governo postam mensagens, vídeos e fotos num movimento antigoverno nunca antes visto nesta nação.
Gilson Marcio Machado gilsonmmachado@hotmail.com

São Paulo