quarta-feira, 15 de julho de 2015

MUDANÇA DE RUMO

                                       MUDANÇA DE RUMO

O mundo está passando, nessas duas décadas iniciais do século XXI, por verdadeira revolução social e cultural devido aos avanços tecnológicos da internet viabilizada maciçamente por aparelhos como os ipods, tabletes, notebooks, smartphones além dos caseiros personals computers.

Não estou aqui falando de nós , usuários e meros mortais, influenciados pelo modismo das redes sociais, dos selfies, e do mundo show business ao seu alcance num dedilhar na tela led de seus micros smartphones ou afins, onde queira que esteja, no seu leito , no seu banco carona do carro, na direção de seu carro, no banco de um transporte coletivo e, também, infelizmente à mesa de refeições de seu aconchego, nos passeios com sua turma e ou acompanhante ... Assim infinitamente proliferado .

O ser humano com sua capacidade de criação tecnológica que entrou no último quarto dos anos do século passado em curva ascendente e com capacidade que beira a geometria, como se a humanidade tivesse acordado de um sono profundo e hibernante em milhares de séculos – acordou dessa hibernação faminta de tecnologia da mesma forma que os ursos ansiosos por mel.

 A criatividade emanada dos atuais cérebros das novas gerações Y e Z ao mesmo tempo em que criam e desenvolvem novas tecnologias pela própria ânsia de seu modo de ser , também em paralelo, desenvolve a contra tecnologia, ou melhor dizendo, cria-se antídotos cibernéticos que conseguem invadir qualquer sistema de computadores do mundo, incluindo aqui, os poderosíssimos sistemas de segurança das principais nações do mundo, inclusive aquelas que detêm o poderio militar de destruição em massa, que é o caso dos sistemas de defesa estadunidense, incluindo claro, os computadores do Pentágono.

Em poucas décadas o poderio socioeconômico, a supremacia militar, e liderança de comandos existentes no então mundo correspondente, era fundamentado e lastreado , além de as máquinas físicas existentes, como as da indústria de guerra , as operatrizes de produção agrícola e as respectivas infraestruturas de logísticas espalhadas pelo globo terrestre, também no poder dos cérebros de celebridades do “show business” político, espalhados nos pontos estratégicos do poder, como os mega-assessores aos homens no comando das potencias, quando não os próprios lideres , a exemplo de Kissinger, Kruschev, Lenin, Mao Tse Sung, Kennedy, De Gaulle, Gorbachev e até o nosso Golbery por ocasião da ditadura militar. O mundo funcionava e se mantia assim, ou seja, com poderosas máquinas de um parque industrial voltado não só às industrias de bens de consumo, como também à indústria bélica e no poder de liderança de mentes privilegiadas de alguns poucos lideres mundiais com suas espionagens e contraespionagens, das hoje ultrapassadas, CIA, Interpol, Scotland Yard, KGB e outros.

Mas o mundo mudou e tornou as mentes dos famosos lideres e seus assessores especiais obsoletas – não por serem superadas por outras grandes lideranças ou gênios humanos, mas sim devido o advento da internet e o descobrimento das chamadas nuvens cibernéticas, onde tudo passou a ser armazenado e controlado por quem tiver a tecnologia , que por vezes é “produzida” com sucata cibernética em depósitos domésticos com a ação de mentes jovens e criativas nessas tecnologias.

Tudo hoje sem exceção está navegando nessas nuvens, nossas comunicações pelos e-mails pessoais , comerciais , de sistemas de segurança, das redes sociais, sistemas operacionais de todos os tipos de mercados, sejam financeiros, industriais, domésticos – tudo , mas tudo mesmo, a ponto de nada mais funcionar nesse mundo tecnológico sem os denominados “sistemas”. Se estiverem fora do ar por qualquer anomalia, como falta de energia, ação de hackers , ou problema técnico mesmo, tudo para , como os famosos avisos que de vez por outra encontramos nas repartições comerciais, publicas ou privadas: “Estamos sem sistema” e as portas cerradas.

Portanto, certamente estamos com mudanças de rumo, uma forma simplista de dizer que tudo em brevíssimo tempo poderá estar diferente em nossas vidas e no nosso habitat – quando podemos notar que o poder das máquinas, dos homens brilhantes, do poder financeiro, e todos demais poderes dantes significantes, estão em fase descendente de importância. O poder de armazenamento de informações das nuvens cibernéticas e as minúsculas placas de circuitos eletrônicos que cabem em uma só mão, poderão decidir e influenciar nos rumos a seguirmos, quiçá esses “jogos” fique sempre em mãos de pessoas de bom censo tanto religioso, como de humanidade e, bem longe das mãos das mentes doentias que possam fazer uso das mesmas para destruição em massa...

Na minha juventude assisti por algumas vezes ao filme “A Space Odyssey” (no Brasil : 2001 Uma odisseia no espaço). Um filme produzido em 1968 por Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke. O filme trata da evolução humana, tecnológica, da vida extraterrestre e da inteligência artificial . A nave era controlada pelo potente computador HAL 9000 que em determinada fase da estória deixa de obedecer ao comando dos astronautas e passa a tomar suas próprias decisões sobre os destinos da missão. A tecnologia apresentada no filme produzido há meio século, não são diferentes da realidade de hoje, pelo menos em termos básicos da tecnologia de navegação cósmica, satélites, módulos lunares, comunicações , mas e o HAL ?

Será que não estaríamos próximos de sermos controlados por supercomputadores como o HAL foi para a nave de Uma odisseia no espaço?

Uma crônica de

GILSON MARCIO MACHADO

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