sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Ó pátria amada, Idolatrada, Salve ! Salve !

                   Ó pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve !”

Já escrevi três livros de crônicas que incluem especialmente o tema político, cerca de 150 dessas. Confesso, calei-me sobre esse tema nas últimas semanas, por absoluta falta de assunto salutar , seja político, econômico, impeachment ou renúncia presidencial, a essa nossa pátria a que se refere essa estrofe de seu hino nacional (letra de Joaquim Osorio Duque Estrada e música de Francisco Manuel da Silva).

Tenho falado sobre corrupção, mensalão e corrupção, lava jato e corrupção , Petrobras e corrupção, BNDES e corrupção, e para variar : lavagem de dinheiro e desvios, caixas de campanhas e desvios, enriquecimento dos políticos e desvios . Sempre envolvidos elementos do PT, dos seus chefões e até , alias principalmente do seu presidente emérito, retirante nordestino do interior do Pernambuco, ex-metalúrgico que se “acidentou” e perdeu um dedo , aposentando-se por incapacidade laboriosa, tornando-se sindicalista.  Percebeu que podia influenciar massas , chegando a Presidência da República e deu no que deu – chegamos a esse ponto em que estamos vivenciando devido ao projeto de governo de um partido que beira mais aos interesses escusos etnicamente e antidemocráticos que aos dos trabalhadores dessa pátria amada; o que contraria frontalmente sua bandeira de Partido dos Trabalhadores.
Muito já escrevi sobre Ruy Barbosa (1849 -1923 - Jurista, diplomata, escritor, filólogo, tradutor, orador e político), e não me esqueço esta sua frase, pois tem tudo a ver com os dias atuais do povo brasileiro ao qual me incluo:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.

Quem mente ao povo em posição de comando de uma nação é motivo ao mínimo de impeachment em muitos países do mundo democrático – aqui a mentira dos políticos no poder é simplesmente deslavada, imoral, criminosa e outros predicados afins. Realmente são tão usuais essas práticas que nós o povo chegamos a envergonharmo-nos de ser honestos. Pois é um desânimo total, como é comum ouvirmos e até eu o falo:
                        “não vai dar em nada, tudo virará uma enorme pizza”

Quando vemos pela mídia que as delações premiadas já citaram Lula e Dilma e até então não foram nem sequer tocados pelo Procurador Geral da República, a quem competiria solicitar investigação ao STF- Supremo Tribunal Federal, pelo direito ao foro privilegiado, vergonhosamente foi reconfirmado no cargo por mais dois anos – sentimo-nos envergonhados de tamanha imoralidade que sugere um grande acordão.
As tão faladas “Pedaladas Fiscais” quando o governo Dilma manipulou números e alocações de verbas, elaborou normas em decretos alterando criminosamente a Lei de Responsabilidade Fiscal. E, vemos o TCU – Tribunal de Contas da União permitir que se empurre com a barriga seu julgamento , como se o crime cometido pudesse ser praticado no governo do PT.

Quando vemos e assistimos passivamente, restando-nos tão-somente batermos nas panelas que até já estão amassadas e, ou protestarmos nas ruas, os grandes conchavos entre Dilma , Renan, Eduardo Cunha, Michel Temer, Lula, Ministros do Superior Tribunal Eleitoral e até alguns do STF-Supremo Tribunal Federal, e o mais escabroso, como já dito, Procurador Geral da República.

Quando vemos que a governabilidade desse país está à deriva, pois usam o timão do barco , em lugar de Dilma, ora Lula, ora Michel Temer, ora Renan , sem falar no Ministro da Fazenda que impõe condições ao invés de receber condições da mandatária e, ainda há aqueles que pretendem botar a mão nesse timão antes que o barco afunde de vez.

Falando ainda em governabilidade o PMDB acaba de cancelar seu apoio incondicional ao governo, com a saída de Temer da Coordenação Política do Governo (a única república democrática presidencial ,que conheço, que delega pelo presidente essa função). O Palácio do Planalto virou um palco de “criolos doidos” e “casa de Mãe Joana”, uma esbórnia total.

Os grandes lideres que essa nação já teve estão se virando em seus túmulos; talvez até aquele desaparecido no mar reapareça para esfregar a constituição de 1988 na cara de minha gente em Brasília. Pena que o país passa por uma crise, também, de ausência de lideres, onde até sapos barbudos chegam a pensar que o são, pois na ausência de maestro a orquestras fica em descompasso e qualquer um, por desqualificado que seja possa tentar regê-la; algo parecido com o atual momento da política no país.

Se Joaquim Osório Duque Estrada ainda fosse vivo , talvez fizesse uma alteração na letra do hino nacional, como alterar a frase do título desta crônica para a frase abaixo , que a encerra :

Salvemos a nossa pátria idolatrada!

Crônica de

Gilson Marcio Machado

Nenhum comentário:

Postar um comentário