“Ó
pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve !”
Já escrevi três livros de crônicas que incluem especialmente
o tema político, cerca de 150 dessas. Confesso, calei-me sobre esse tema nas
últimas semanas, por absoluta falta de assunto salutar , seja político,
econômico, impeachment ou renúncia presidencial, a essa nossa pátria a que se refere essa
estrofe de seu hino nacional (letra de Joaquim Osorio Duque
Estrada e música de Francisco Manuel da Silva).
Tenho falado sobre corrupção,
mensalão e corrupção, lava jato e corrupção , Petrobras e corrupção, BNDES e corrupção, e para variar : lavagem de dinheiro e desvios, caixas de campanhas e desvios, enriquecimento dos políticos e desvios . Sempre envolvidos
elementos do PT, dos seus chefões e
até , alias principalmente do seu presidente emérito, retirante nordestino do
interior do Pernambuco, ex-metalúrgico que se “acidentou” e perdeu um dedo ,
aposentando-se por incapacidade laboriosa, tornando-se sindicalista. Percebeu que podia influenciar massas ,
chegando a Presidência da República e deu no que deu – chegamos a esse ponto em
que estamos vivenciando devido ao projeto de governo de um partido que beira
mais aos interesses escusos etnicamente e antidemocráticos que aos dos trabalhadores
dessa pátria amada; o que contraria frontalmente sua bandeira de Partido dos
Trabalhadores.
Muito já escrevi sobre Ruy Barbosa (1849 -1923 - Jurista, diplomata, escritor, filólogo, tradutor, orador e político), e não me esqueço esta sua frase, pois tem tudo a ver
com os dias atuais do povo brasileiro ao qual me incluo:
“De
tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de
ser honesto”.
Quem mente ao povo em posição de comando de uma nação é
motivo ao mínimo de impeachment em muitos países do mundo democrático – aqui a
mentira dos políticos no poder é simplesmente deslavada, imoral, criminosa e
outros predicados afins. Realmente são tão usuais essas práticas que nós o povo
chegamos a envergonharmo-nos de ser honestos. Pois é um desânimo
total, como é comum ouvirmos e até eu o falo:
“não
vai dar em nada, tudo virará uma enorme pizza”
Quando vemos pela mídia que as delações premiadas já citaram
Lula e Dilma e até então não foram nem sequer tocados pelo Procurador Geral da
República, a quem competiria solicitar investigação ao STF- Supremo Tribunal
Federal, pelo direito ao foro privilegiado, vergonhosamente foi reconfirmado no
cargo por mais dois anos – sentimo-nos envergonhados
de tamanha imoralidade que sugere um grande acordão.
As tão faladas “Pedaladas
Fiscais” quando o governo Dilma manipulou números e alocações de verbas,
elaborou normas em decretos alterando criminosamente a Lei de Responsabilidade
Fiscal. E, vemos o TCU – Tribunal de Contas da União permitir que se empurre
com a barriga seu julgamento , como se o crime cometido pudesse ser praticado
no governo do PT.
Quando vemos e assistimos
passivamente, restando-nos tão-somente batermos nas panelas que até já
estão amassadas e, ou protestarmos nas ruas, os grandes conchavos entre Dilma
, Renan, Eduardo Cunha, Michel Temer, Lula, Ministros do Superior Tribunal Eleitoral e até
alguns do STF-Supremo Tribunal
Federal, e o mais escabroso, como já dito, Procurador
Geral da República.
Quando vemos que a governabilidade desse país está à deriva,
pois usam o timão do barco , em lugar de Dilma, ora Lula, ora Michel Temer, ora
Renan , sem falar no Ministro da Fazenda que impõe condições ao invés de
receber condições da mandatária e, ainda há aqueles que pretendem botar a mão
nesse timão antes que o barco afunde de vez.
Falando ainda em governabilidade o PMDB acaba de cancelar seu
apoio incondicional ao governo, com a saída de Temer da Coordenação Política do
Governo (a única república democrática
presidencial ,que conheço, que delega pelo presidente essa função). O Palácio
do Planalto virou um palco de “criolos doidos” e “casa de Mãe Joana”, uma
esbórnia total.
Os grandes lideres que essa nação já teve estão se virando em
seus túmulos; talvez até aquele desaparecido no mar reapareça para esfregar a
constituição de 1988 na cara de minha gente em Brasília. Pena que o país passa
por uma crise, também, de ausência de lideres, onde até sapos barbudos chegam a
pensar que o são, pois na ausência de maestro a orquestras fica em descompasso
e qualquer um, por desqualificado que seja possa tentar regê-la; algo parecido
com o atual momento da política no país.
Se Joaquim Osório Duque Estrada ainda fosse vivo , talvez
fizesse uma alteração na letra do hino nacional, como alterar a frase do título
desta crônica para a frase abaixo , que a encerra :
Salvemos a nossa pátria
idolatrada!
Crônica de
Gilson Marcio Machado
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