Com
o advento da Operação Lava Jato, acreditamos que ainda resta no fundo do frasco
de remédio, que sempre estivera às cabeceiras das camas dos estadistas líderes
que essa nação já os tiveram, uma dose de esperança para o povo brasileiro. Com
o pulso firme, como as de um gladiador da antiga Roma, com o caráter de um
magistrado sério e corajoso, como se fosse um herói nacional saído dos
quadrinhos de mocinho e bandidos, mas, não perde nunca, mesmo sendo ovacionado
pela população, a simplicidade de um cidadão comum, o juiz federal Sérgio Moro,
é o comandante em chefe dessa operação. Já confessou o que já imaginávamos, que
se inspirou na Operação Mãos Limpas, na Itália da década de 1990, quando um
grupo de juízes resolveram moralizar o país, inclusive, peitando a própria
máfia italiana.
Moro
é hoje respeitado pela grande maioria dos brasileiros dessa nação, odiado pelo
mundo dos políticos que habitam seus casulos em forma de gabinetes nos prédios
do Congresso Nacional, e também, nos Palácio do Planalto e da Alvorada e, finalmente
aqueles que habitam uma vasta avenida denominada Esplanada dos Ministérios, que
mais corretamente deveria ser chamado de Esplanada dos Mistérios.
Essa
safra de políticos, em sua maioria, precisa ser renovada – já “contribuíram”
bastante com o país, com suas roubalheiras, seus conchavos, e sua egocentricidade.
Mas
esse afastamento deverá ter uma única via de acesso, que é passar pelos
presídios brasileiros, que aliás, por culpa dessa própria safra política, estão
com o sistema de recuperação dos detentos, falido, num amontoado de pessoas,
como se fossem os porões dos navios negreiro na época que vinham da África por
mercadores de almas, não diferente dos mercadores que habitam Brasília.
Pelos
noticiários da impressa não se fala de outras coisas, são sempre notícias de
primeira página: políticos na mira da Operação Lava Jato, políticos já presos,
políticos em investigações, e de poucos dias uma da outra, as chamadas Operações
da Lava Jato da Polícia Federal, autorizadas pelo Juiz Sérgio Moro, sendo a
mais recente a Operação Custo Brasil que prendeu Paulo Bernardo, Ex-ministro do
planejamento e esposo da senadora Gleisi Hoffmann e várias outras ações
inerentes ao mesmo crime de desvios de empréstimos consignados na ordem de
R$100 milhões.
Os
políticos, Ex-ministros e vários outros criminosos envolvidos em lavagem de
dinheiro, formação de quadrilha, e outros cidadãos corruptores, estão em fase
de autodestruição; uns devorando aos outros até se findar essa safra que nos
representa, ou melhor, que deveria nos representar. Uns denunciam os outros –
os denunciados são pegos, presos e denunciam outros – virando assim uma roda
viva, que ora acabara em pouquíssimos espécimes. Faz lembrar um produto de
higiene rural e até urbana onde não haja saneamento básico, usa-se um produto
químico que em contato com a água as bactérias se mobilizam e começam a se
devorarem umas às outras até purificarem a fossa ou esgoto que seja objeto de
higienização.
Infelizmente
não temos líderes da envergadura de alguns que ao longo dos anos passaram por
nossa república, desde do Governo sediado no Rio de Janeiro e depois Brasília.
Líderes como Juscelino Kubstichek, Fernando Henrique Cardoso, Ulisses
Guimarães, Tancredo Neves, Getúlio Vargas, Rui Barbosa... não foram muitos, mas
houveram – diferentemente dos dias atuais que não se vê nenhum.
As
casas legislativas vão se esvaziar e, é chegada a hora de aparecerem novos
líderes – a nação está nas mãos das novas gerações Y e Z, que são os
nascidos de 1990 para cá. São nossos filhos e netos – precisamos apoiá-los e
fazê-los ver que esse quadro horroroso que a política provoca aos jovens, e a
todos nós, pode ser mudado e, para isso contamos com eles – é nossa única
salvação.
Jovens!
Mostrem seus perfis, valorizem-se, ampliem seus estudos, leiam bastante os
líderes políticos nacionais e internacionais, durmam com o fone de ouvido com notícias,
faça sua higiene fisiológica lendo umas páginas de algum livro – esqueçam, por
algum tempo seus personagens de jogos virtuais – o país está a sua procura, os desafios, podem acreditar, são muitos,
bem mais realísticos e mais desafiadores que seus games. Enfrentem-os e ao
mesmo tempo façam política, tornem-se sucessores dessa arte milenária, imaginem-se
estarem na Grécia Antiga, berço da democracia e comecem tudo de novo,
O PAÍS LHES CHAMA!!!
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