O
ser humano é interesseiro por natureza;
talvez, devido os primórdios de sua origem, se analisarmos a teoria do homo
sapiens – “Humano (conhecido taxonomicamente como Homo sapiens,
do latim "homem
sábio",e também chamado de pessoa,
gente ou homem) é a única espécie animal de primata bípede do gênero Homo ainda viva. Os humanos anatomicamente modernos
originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comportamento
moderno há cerca de 50 mil anos”. (Conforme
a Wikipédia na internet.)
Viviam
em cavernas em grupos para se protegerem dos vários grupos inimigos em seu
mesmo território. Mas quando nos transportamos
da época da caverna para a época atual de homens civilizados, racionais, alguns
até com mestrado em sociologia, vemos que os instintos desses homens da caverna
estão latentes nos homens contemporâneos, especialmente nos políticos, em doses
de interesses multiplicados, pois estes vão desde os de obter acúmulo de bens,
de dinheiro, e o mais significante, nos tempos atuais, que é o interesse de ter
o poder nas mãos. A diferença entre os homens modernos e os da caverna é que
esses tinham como maiores interesses o atendimento de necessidades básicas -
como caverna para se protegerem das intempéries do tempo, - comida resultantes da caça de animais e o
domínio das reservas de água para saciarem sua sede.
Para
satisfazerem esses interesses modernos não se fazem de rogados para fazerem de
tudo para terem o poder político da situação – note bem: da situação.
Paparicam, vendem-se, corrompem-se, subornam-se, prevaricam-se, e roubam
descaradamente, sejam como laranjas dos mais poderosos, ou até mesmo de
coadjuvantes de quadrilhas de colarinhos brancos, constituídas exclusivamente
com o objetivo de roubar do povo, por intermédio dos desvios de dinheiro
público.
A
melhor receita de obter o poder é estar no círculo de quem os tem nas mãos,
como o Presidente da República, Presidentes da Câmara de Deputados, do Senado e
do STF – Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos. Essas autoridades
da situação acostumam-se, quando em cumprimento de seus mandatos com os
paparicos ao seu dispor; com essa fartura de companhias e “puxa-sacos” que até
os evitam, na medida do possível. Porém, quando seus mandatos entram na linha do
término, os bajuladores começam a se rarearem a ponto de os políticos com
mandatos em término começarem a ficar sozinhos em seus gabinetes, desaparecendo
até os copeiros que servem o cafezinho. É quando chega a hora das crises de
depressão, não diferentes daquelas que nós simples mortais, sentimos quando
eventualmente somos bem de vida, ou de emprego, temos um vasto leque de opções
de amigos que são fieis até que a morte nos separe, mas se viermos a perder
nossa fortuna ou nosso belo emprego, os amigos simplesmente desaparecem,
incluindo, os parentes. Somos deletados dos contatos dos celulares, excluídos
dos “amigos” no Facebook, e jamais voltamos a revê-los, estão sempre ausentes,
em reuniões, ou viajando...
Não
é um fenômeno que acontece somente em nosso país, é uma característica da vida
social do homem em todo o mundo. Até o homem “mais poderoso do mundo”, o
Presidente dos EUA, mesmo tendo ainda o controle da maleta que contém os botões
que disparam o arsenal nuclear americano, sente-se solitário ao término de seu
mandato, todos desaparecem.
Vide
o que está ocorrendo com a “Dama de Ferro à la Brasileira”, Dilma Rousseff:
cada vez mais sozinha, contando somente com os homens do presidente (sua
segurança) e os brinquedos que lhes são disponibilizados por força
da constituição brasileira. Conta também, com voos pela FAB-Força Aérea Brasileira
quando para Porto Alegre e quando para outros locais, não os tem mais, foram
cortados pelo seu vice que exerce a atual Presidência. Até os pomposos jantares
exclusivos a políticos do PT no poder legislativo, são fracassados, conforme
ocorrido recentemente, quando convidou os senadores que votaram contra o seu impeachment,
muitos faltaram, apesar das opulências de um jantar num Palácio da República,
que é o de sua temporária e final morada no poder, o Palácio da Alvorada.
Diz-se
que Fernando Collor de Mello quando já renunciara e também sofrera o
impeachment, na solidão de seu isolamento, fora do clamor do movimentado
Palácio do Planalto, levantava-se de manhã e se vestia à caráter e usava seu
chofer particular para transportá-lo por 100 metros até a biblioteca que era de
seu pai e que Collor a transformou em gabinete “presidencial”, num faz de conta
que ainda estava no poder.
Assim
é nossa vida de meros mortais, somos homens racionais, mas faz parte da
racionalidade a ambição em querermos o poder e envolvermo-nos com os “comandantes
em chefe” dos já poderosos. Seja político, ou mero cidadão, desde que seja
homem isto é “aceito” em nossa sociedade, num jogo de interesses onde todos
participam com várias regras, incluindo os blefes.
Aos
famosos que se partem, longa vida em sua solidão – valeram enquanto duraram!
Passarão em alguns anos a fazerem parte da história como heróis ou como vilões
- só o próprio tempo os julgará.
A
aqueles que abandonam os famosos que estão passando, lembrem-se: Seus dias, com
sorte, chegarão e também amargarão o fel do abandono.
E,
eu faço das palavras do filosofo grego Sócrates, minhas palavras: “Só sei que
nada sei”; ou seria melhor dizer as palavras do Sr. Lula da Silva : “não sei de
nada”.